Viaturas do Corpo de Bombeiro atravessaram a madrugada deste sábado. realizando o rescaldo do incêndio que atingiu o Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo na tarde de sexta. Vinte e cinco membros da corporação tiveram que ser encaminhados para o Hospital das Clínicas por inalação de fumaça. No início da manhã de hoje, ao menos quatro continuavam internados, um em estado grave.
O Memorial da América Latina, segundo a Prefeitura de São Paulo, não possuía alvará de funcionamento para o auditório Simón Bolívar, que foi atingido pelo incêndio. Segundo a Secretaria Municipal de Licenciamentos, o documento, que deve ser renovado anualmente, estava irregular desde 1993. Procurado pelo G1, o presidente do Memorial nega a informação de que o espaço funcionava sem a documentação exigida atualmente.
Em entrevista durante o dia, o major da Polícia Militar Mauro Lopes explicou que bombeiros ficaram feridos foram vitimados por um fenômeno chamado flashover. "Tivemos o flashover, que, por vezes dá para se prever, mas nesse caso não foi possível. Ele acontece quando você tem um ambiente pegando fogo, pouco oxigênio, calor e carga para se queimar, então a queima é lenta lá dentro. Quando você abre esse ambiente, há a entrada de mais oxigênio, então há o flashover", disse. Segundo ele, o fogo atingiu ao menos 50% do auditório.
A assessoria de imprensa do Memorial da América Latina informou que o fogo foi causado por um curto-circuito do Auditório Simón Bolívar. Grande parte do forro da plateia B do auditório teria sido comprometida.
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