Acidentes de ônibus no Rio deixam 10 mortos e 70 feridos em abril
Fiscalização retirou 2,2 mil veículos das ruas.
Nesta quinta-feira, acidente com cinco ônibus deixou 27 feridos em Niterói.
Somente no mês de abril, pelo menos 10 pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas em acidentes de ônibus na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como mostrou o RJTV. O acidente com um ônibus que despencou do Viaduto Brigadeiro Trompowski sobre a Avenida Brasil, no dia 2, foi o mais grave, deixando oito mortos e outros nove feridos. Nesta quinta-feira (25), um acidente envolvendo quatro ônibus deixou 27 pessoas feridas, em Niterói.
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Em todo o Estado, há 9.350 ônibus fazendo linhas intermunicipais. De acordo com o Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (DETRO), responsável pela fiscalização dos veículos, no último ano foram aplicadas 3.528 multas e 2.201 veículos (21% da frota) foram tirados de circulação.
Má conservação do veículo, falta de elevador para portadores de necessidades especiais e descumprimento de horários são os principais motivos. Devido às falhas, duas empresas estão proibidas de circular. Desde 2010, outras três empresas tiveram linhas cassadas.
No município do Rio, a Secretaria Municipal de Transportes criou uma medida para tentar tirar das ruas motoristas com altos índices de infração e dar mais segurança aos passageiros. Um decreto determina que as empresas ficam obrigadas a identificar os motoristas infratores em um prazo máximo de 10 dias depois da autuação. As empresas que descumprirem a determinação podem ter o contrato suspenso. O DETRO conta com 120 agentes para realizar a fiscalização, ou um agente para cada 78 ônibus.
Ônibus invadiu calçada em Vila Valqueire
(Foto: Reprodução/TV Globo)
(Foto: Reprodução/TV Globo)
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio alega que 30% dos condutores exercem dupla função, de motorista e de cobrador. Segundo o sindicato, o fator contribui para o aumento de estresse e para a violência nos ônibus.
Histórico de acidentes
No dia 18, a idosa Emilce Thomás Duarte de Oliveira, de 64 anos, foi atropelada na Rodoviária Novo Rio, na Zona Portuária, após desembarcar de um ônibus da Viação 1001. Segundo a assessoria de imprensa da rodoviária, ela passava por trás do ônibus que dava marcha a ré e morreu na hora. Este foi o sexto caso grave de acidentes envolvendo ônibus na Região Metropolitana do Rio desde o início de abril.
No dia 18, a idosa Emilce Thomás Duarte de Oliveira, de 64 anos, foi atropelada na Rodoviária Novo Rio, na Zona Portuária, após desembarcar de um ônibus da Viação 1001. Segundo a assessoria de imprensa da rodoviária, ela passava por trás do ônibus que dava marcha a ré e morreu na hora. Este foi o sexto caso grave de acidentes envolvendo ônibus na Região Metropolitana do Rio desde o início de abril.
A leitora do G1 Sheila Fernandes Paes registrou também no dia 18 outro acidente com ônibus, em Vila Valqueire, no Subúrbio.
Mais um caso aumentou a lista de acidentes graves envolvendo ônibus no Rio no mês de abril. No dia 17, um ônibus da linha 435 (Grajaú x Gávea) subiu a calçada na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, Zona Sul, e atingiu uma lanchonete, a portaria de um prédio residencial e uma banca de jornal. Quatro pessoas ficaram levemente feridas e foram liberadas no local, segundo o Corpo de Bombeiros.
No mesmo dia, um ônibus tombou na rodovia RJ-104, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, deixando 26 feridos sem gravidade, segundo a Polícia Militar.
Em Parada de Lucas, no Subúrbio, uma batida entre um ônibus e um carro no Trevo das Margaridas deixou 29 pessoas feridas sem gravidade, na manhã do dia 14.
Ônibus caiu do viaduto no dia 2: 8 pessoas morreram (Foto: Carlo Wrede/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
No dia 10, um ônibus da linha 685 (Méier - Irajá) perdeu o controle e colidiu com um posto de gasolina na rua Clarimundo de Melo, perto da igreja de São Jorge, em Quintino Bocaiúva, também no subúrbio. Quatro pessoas foram atropeladas. A empregada doméstica Tatiana Ferreira Lúcio, de 28 anos, atropelada com dois filhos, morreu no dia 14 e foi enterrada no dia 16. Dois filhos da vítima — um de 3 anos e outro de 6 meses —, além de uma outra mulher, identificada como Ana Paula Pinto, chegaram a ser hospitalizados, mas já receberam alta. O motorista responderá por homicídio doloso.
O caso mais grave foi no dia 2 de abril, quando uma briga entre motorista e passageiro provocou a queda de um ônibus da linha 328 (Castelo-Bananal) do Viaduto Brigadeiro Trompowski sobre a pista lateral da Avenida Brasil, na altura da Ilha do Governador. Oito pessoas morreram e outras nove ficaram feridas.
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