Bope divulga no Twitter foto do
traficante Matemático morto
Criminoso foi encontrado dentro de carro preto no Complexo de Senador Camará.
Veja fotos da operação que resultou na morte de Matemático
Facção do traficante Matemático fica livre das UPPs
O traficante foi encontrado morto na madrugada deste sábado dentro de um carro no Complexo da Coreia, em Senador Camará, zona oeste. Segundo o suchefe de Polícia Civil, o delegado Fernando Veloso, os tiros que mataram Matemático partiram de um helicóptero da instituição.
A equipe de policiais civis que estava no helicóptero, pilotado pelo policial Adonis Oliveira, partiu para o complexo ainda de madrugada após informação passada por policiais federais de que o criminoso estava circulando num Logan prata com outros três comparsas. Os policiais passaram a sobrevoar a região e comunicaram ao Batalhão de Bangu (14º BPM), que mandou equipes de apoio por terra.
Após localizarem o veículo, os policiais deram rasantes e houve a primeira troca de tiros. Segundo Adonis, a aeronave chegou a ficar entre 20 e 60 metros do veículo para que os agentes conseguissem disparar suas armas com maior precisão. Dois policiais atiraram de dentro do helicóptero com fuzis de calibres 556 e 775.
— Achamos que quem dirigia era o Matemático. Assim que nos avistaram, por volta de 11h30 de ontem [sexta-feira], eles começaram a atirar para cima do helicóptero. Nós revidamos. Os traficantes aceleraram o carro a mais de 100 km/h para tentar escapar e bateram em um muro de uma casa. De acordo com as primeiras informações, o Matemático teria ficado preso entre as ferragens e teve ajuda para sair.
Por segurança, Adonis retomou altitude com a aeronave e os bandidos fugiram a pé. O helicóptero foi atingido por estilhaços de bala e passará por perícia. Matemático foi encontrado por volta de 5h30 deste sábado dentro do Gol preto, que teria sido usado pelos criminosos para fugir da favela. Um homem que estava na comunidade e também atirou contra os policiais foi preso.
A polícia isolou o local para o trabalho da perícia. Por volta de 9h, o corpo do traficante foi levado para o IML (Instituto Médico Legal), no centro da cidade.
Também participaram da ação policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e do Batalhão de Choque.
No início do mês, a recompensa para informações que levassem à prisão de Matemático passou de R$ 3 mil para R$ 10 mil.
A polícia já tinha capturado dois importantes membros da quadrilha do traficante: Joãozinho Olho de vidro foi preso em 20 de abril pela DRF (Delegacia de Roubos e Furtos). Diretor da unidade, o delegado Rodrigo Santoro informou que ele comandava sequestros de familiares de gerentes de bancos para financiar as tentativas de invasão à Vila Kennedy, cujos pontos de venda de drogas eram cobiçados por Matemático.
No dia 19 de abril, quem desfalcou a quadrilha foi um bandido conhecido como Marcha Lenta. De acordo com o comandante do 14º BPM, que fez a prisão, ele seria o responsável pela contabilidade das bocas de fumo. No mesmo dia foi localizado um esconderijo subterrâneo na casa da sogra do "contador" de Matemático.
No dia 1º de abril, uma mulher apontada como namorada do traficante foi baleada e presa durante operação na favela da Coreia. Após prestar depoimento, ela foi liberada.
Entre os principais redutos da organização criminosa que era chefiada por Matemático estão as comunidades Coreia, Rebu, Taquaral e Sapo, em Senador Camará; Vila do João, Vila dos Pinheiros, Conjunto Esperança, Salsa e Merengue, Timbau e Baixa do Sapateiro, no complexo Maré; morro da Serrinha, em Madureira; Acari; Para-Pedro, em Colégio; Parada de Lucas e Vigário Geral; e morros do Dendê, Querosene, Parque Royal, Guarabu e Nova Bancários, na Ilha do Governador (zona norte).
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