Os corpos dos brasileiros João Veloso do Nascimento, de 41 anos, e Edilene Fernandes dos Santos, 49, foram encontrados no sábado (29) à tarde na estrada de Arimu, na Região 7 da Guiana, país fronteiriço com Roraima. De acordo com um amigo, o casal estava sumido desde domingo (22) e possivelmente foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte).
João Barbosa, um dos amigos do casal, mora em Boa Vista. Ele disse que as vítimas saíram do acampamento do garimpo Sand Hill em um quadriciclo para comprar mantimentos e não retornaram mais.
"Acreditamos que eles tenham sido assaltados porque foram mortos a pauladas e a moto não foi encontrada. O local onde foram assassinados é uma serra cuja estrada tem muita lama e a locomoção é difícil", revelou.
Os colegas de trabalho do casal suspeitaram de que algo poderia ter acontecido com os brasileiros e iniciaram as buscas por conta própria.
"Amigos localizaram os dois corpos e acionaram a polícia, que recolheu as vítimas para um órgão da Guiana semelhante ao Instituto Médico Legal (IML) aqui no Brasil, de onde serão removidos para Lethem, município que faz fronteira com o Brasil", explicou Barbosa, complementando que elas foram reconhecidas pelos dois irmãos de Edilene Fernandes.
Ele disse ter conversado com uma das vítimas. "João Veloso ligou para mim no sábado dizendo que iria sair para fazer compras no domingo. Quase todos os dias nos falávamos", afirmou o amigo. O casal tinha um garimpo estruturado com maquinário e dois supermercados, de acordo com o amigo das vítimas.
"Eles eram bem sucedidos. Tinham oito funcionários. Eram uns dos poucos garimpeiros que tinham dupla nacionalidade. Ele abriu uma firma mineradora e tinha residência fixa em Bartica e o garimpo em Blaquata, na Região 7 do país", citou Barbosa, acrescentando que o casal estava trabalhando com garimpo há sete anos na Guiana.
As vítimas deixam dois casais de filhos. "Eles já estão sabendo do assassinato dos pais. Agora, estamos aguardando a liberação dos corpos pela polícia de Bartica. Provavelmente, irei nesta terça-feira (31) para lá tentar agilizar os trâmites para entrega dos corpos", adiantou Barbosa.
Em um e-mail enviado a uma amiga do casal, ao qual a reportagem do G1 teve acesso, o setor consular da embaixada informou que está acompanhando o caso. A reportagem também tentou contato com o órgão por telefone, mas não obteve êxito.
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