A ONU já conseguiu US$ 72 milhões dos US$ 301 milhões que solicitou para ajudar as Filipinas, devastadas pelo supertufão Haiyan há uma semana, informou nesta sexta-feira (15) o Escritório de Coordenação de Ajudas Humanitárias das Nações Unidas (Ocha).

A ONU havia feito um chamado na última terça-feira, com o objetivo de arrecadar US$ 301 milhões para ajuda às vítimas em um período que vai até o fim de maio de 2014.
No total, levando em conta o resultado do chamado e as contribuições procedentes de outros órgãos externos, foram arrecadados US$ 153 milhões em favor das vítimas do tufão, estimou o diretor de operações do Ocha, John Ging.
"Os contribuintes responderam de forma muito generosa, e o dinheiro está chegando muito rapidamente", disse Ging, lembrando, no entanto, que a chegada de material de emergência "é lenta, na opinião da população local".
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A prioridade é a retomada do abastecimento de água potável, bem como o restabelecimento da ordem nas áreas arrasadas, onde a ONU se mostra "muito preocupada com os mais vulneráveis, como as mulheres", afirmou Ging.
Segundo o diretor, a catástrofe afeta 13 milhões de pessoas. Um total de 287 mil casas foram afetadas, e 166 mil, totalmente destruídas.
O tufão provocou 3.621 mortes, anunciou nesta sexta o Conselho Nacional para a Redução e a Gestão das Catástrofes Naturais, mas esta número pode ser maior.
Desde a passagem do tufão, há uma semana, 1.140 pessoas foram consideradas desaparecidas, afirmou Reynaldo Balido, porta-voz do organismo governamental.
A ONU fala em 4.460 mortos.
O tufão Haiyan devastou o centro das Filipinas, sobretudo as ilhas de Leyte e de Samar, deixando centenas de milhares de desabrigados, que lutam por acesso à água e comida.
O governo dos Estados Unidos anunciou o envio de 1.000 militares às Filipinas para reforçar o contingente no arquipélago e ajudar nas tarefas de resgate.
Os militares devem chegar em seis dias ao país a bordo dos navios anfíbios "USS Germantown" e "USS Ashland".
Outros 100 marines da mesma unidade serão enviados à região de avião.
Washington envia ao país asiático equipamentos para ajudar na liberação das estradas, geradores e depósitos de água potável.
Outros 5.000 marines chegaram às Filipinas a bordo do porta-aviões "USS George Washington", com material logístico, para socorrer as vítimas do supertufão.
Enterros
Vítimas do tufão Haiyan já começaram a ser enterradas em valas comuns na cidade de Tacloban, uma das mais afetadas pelo desastre na região central das Filipinas, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
Vítimas do tufão Haiyan já começaram a ser enterradas em valas comuns na cidade de Tacloban, uma das mais afetadas pelo desastre na região central das Filipinas, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
Cerca de 100 corpos foram colocados ontem em sacos pretos e depositados em valas comuns, sem cerimônia nem orações fúnebres, na presença de Alfred Romualdez, prefeito da capital da ilha de Leyte, em Visayas Oriental.
'Espero que esta seja a última vez que vejo algo assim. Quando vejo isso, me lembro do que aconteceu desde a tempestade até agora', disse Romualdez, que há poucos dias teve que suspender uma primeira tentativa de enterro devido a um tiroteio.
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