VENEZUELA DIZ É MELHOR REVER A DECISÃO
CARACAS, Distrito Capital, 02 Set 2013 (AFP) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou neste domingo uma carta ao colega americano, Barack Obama, pedindo que detenha a eventual intervenção militar na Síria e unam esforços, 'acima das diferenças', para evitar uma guerra.
'Aspiro e espero que você retifique e proceda a deter a máquina bélica que já pôs em andamento. Aspiro e espero que o senhor faça cessar o soar fúnebre dos tambores de guerra sobre a Síria', escreveu Maduro na missiva, enviada este domingo a Obama e divulgada pelo canal estatal VTV.
O presidente venezuelano pediu ao colega americano que 'acima das diferenças' entre as duas nações pudessem 'unir esforços (...) em defesa da causa da paz' e para evitar que se repitam 'expedientes' como os de Iraque, Afeganistão ou Líbia.
Nos atos oficiais dos últimos dias, na Venezuela e no exterior, o presidente venezuelano solicitou reiteradamente a Obama que cesse suas pretensões de intervir militarmente em Damasco e prometeu na quinta-feira passada o rápido envio da nota que divulgou este domingo.
Maduro também lembrou a Obama a declaração assinada pelos líderes dos 12 países-membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul), em Paramaribo, Suriname, onde expressaram sua 'extrema' preocupação com a situação na Síria e condenaram 'as intervenções externas que sejam incompatíveis com a Carta das Nações Unidas'.
No sábado, Obama anunciou na Casa Branca a decisão de pedir autorização ao Congresso do seu país para atacar a Síria, apesar de a ONU ter pedido um prazo para apresentar um relatório 'imparcial' e 'confiável' sobre o uso das armas químicas.
'Presidente Obama, o senhor vai declarar e desencadear uma guerra para favorecer a chegada ao poder da Al-Qaeda na República Árabe Síria?', questionou Maduro na carta. 'Que o povo sírio dirima por si próprio seus conflitos, sob o sagrado direito à livre determinação que investe todas as nações', prosseguiu.
'Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus', acrescentou a missiva.
CUBA CONDENA
Cuba condenou neste domingo (1º), por meio de uma declaração de sua chancelaria, a decisão do presidente americano, Barack Obama, de atacar a Síria e pediu ao Congresso dos Estados Unidos que repudie estas "tentativas de agressão", assim como fez o Parlamento britânico.
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Cuba "tomou conhecimento com profunda preocupação" da decisão de Obama "de lançar ações militares contra a Síria", violando o "direito internacional e a Carta das Nações Unidas", destacou o Ministério de Relações Exteriores de Havana em sua declaração.
A chancelaria cubana destacou que essas ações "provocarão mais morte e destruição e levarão, inevitavelmente, à intensificação do conflito que esta nação árabe atravessa".
O presidente americano anunciou no sábado (31) a decisão de pedir o aval do Congresso, em recesso até 9 de setembro, antes de lançar um eventual ataque contra a Síria, país ao qual acusa de ter recorrido a armas químicas.
"Surge a pergunta de o que o Congresso dos Estados Unidos fará quando retomar suas sessões, no próximo 9 de setembro, e tenha que decidir entre o início de uma nova guerra e a preservação da paz mundial, entre a vida e a morte", acrescentou a chancelaria cubana.
"Sim, assim como o Parlamento britânico, rejeitasse as tentativas de agressão anunciadas pelo presidente, terá feito uma contribuição valiosa e surpreendente para a paz mundial" mas, destacou, "se o aprovar, terá que assumir as consequências diante dos implacáveis registros da História".
Na quinta-feira, o Parlamento britânico rejeitou uma proposta do governo de David Cameron que abria as portas a uma resposta militar contra o regime sírio.
A chancelaria cubana pediu aos membros do Conselho de Segurança da ONU e sua Assembleia-geral para deter "uma intervenção militar que ameaça a segurança internacional" e ao seu secretário-geral, Ban Ki-moon, a "se envolver diretamente em impedir os atos que o presidente dos Estados Unidos deu como fatos quase inevitáveis".
Cuba fez um apelo similar aos membros do G20, que se reunirão nas próximas quinta e sexta-feira em São Petersburgo, na Rússia, aos "formadores de opinião dos Estados Unidos" e "a todos aqueles que rejeitam a guerra".
IRÃ TAMBÉM CONDENA
TEER¥, 01 Set 2013 (AFP) - O Congresso americano não pode substituir a ONU, afirmou neste domingo o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, depois de o presidente americano, Barack Obama, ter declarado que vai pedir a autorização dos parlamentares americanos para atacar a Síria.
'O Congresso não pode autorizar ataques (contra a Síria) e este ataque será efetuado em violação ao direito internacional', declarou Zarif, citado pela agência Isna, afirmando que 'apenas o Conselho de Segurança da ONU -- em condições particulares -- pode dar uma autorização' para o uso da força.
'Obama não pode interpretar a lei internacional' em seu benefício, acrescentou o chefe da diplomacia iraniana, que novamente alertou para uma desestabilização da região em caso de ataque americano.
'Além da questão da legalidade, qualquer uso da força na região iniciará um incêndio difícil de ser apagado', disse.
Teerã, principal aliado regional da Síria, multiplicou suas advertências aos Estados Unidos e a seus aliados para as consequências para a região de um ataque militar contra o regime do presidente Bashar al-Assad, acusado de ter recorrido a armas químicas no dia 21 de agosto perto de Damasco..
VARIOS PAÍSES DA AMERICA DO SUL (Inclusive o Brasil) E DO MUNDO CONDENAM A AÇÃO MILITAR SEM AVAL OU COM AVAL DA ONU ...
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