Uma moradora de rua foi morta a tiros na madrugada deste sábado (3) em uma calçada do Setor Jardim Novo Mundo, emGoiânia. De acordo com a Polícia Civil, o motivo do crime seria tráfico de drogas. Esta é a 32º morte de pessoa em situação de rua na Região Metropolitana da capital desde agosto do ano passado, nesta semana já são duas vítimas.
Os policiais informaram que testemunhas ouviram os disparos, mas não viram quem cometeu o crime e nem se a pessoa estava em algum veículo. Conforme a polícia, a mulher foi atingida por dois tiros, um no tórax e outro no abdômen. Um cachimbo de crack e uma garrafa de bebida alcoólica estavam ao lado da vítima.
A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) investiga o caso, mas ainda não há informações sobre o criminoso. Até o início da manhã desta quinta-feira (1º), a moradora de rua ainda não havia sido identificada. No entanto, testemunhas informaram que ela se chama Fabíola. Os policiais estimam que ela tenha cerca de 30 anos.
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Série de mortes
A Grande Goiânia já registrou 32 mortes de pessoas em situação de rua, conforme levantamento da DIH. A sequência de crimes começou no dia 12 de agosto do ano passando, quando um jovem de 22 anos foi morto com três tiros, na esquina da Avenida Independência com a Rua 68, no Centro. Usuário de drogas, ele teria sido morto por um soldado da Polícia Militar, que foi preso.
A Grande Goiânia já registrou 32 mortes de pessoas em situação de rua, conforme levantamento da DIH. A sequência de crimes começou no dia 12 de agosto do ano passando, quando um jovem de 22 anos foi morto com três tiros, na esquina da Avenida Independência com a Rua 68, no Centro. Usuário de drogas, ele teria sido morto por um soldado da Polícia Militar, que foi preso.
Desde o início da escalada de violência, a Polícia Civil descarta a possibilidade dos crimes estarem relacionados. No entanto, em duas execuções, câmeras de segurança filmaram o momento em que um homem, aparentemente o mesmo, atira e mata pessoas que dormiam em calçadas da capital. O suspeito ainda não foi identificado.
O último caso foi registrado nesta semana. Na quarta-feira (31), segundo a Polícia Civil, umamulher foi morta a tiros por um menor de idade. O garoto de 16 anos foi apreendido em flagrante. O motivo do assassinato, segundo os policiais, seria um acerto de contas por tráfico de drogas, pois a mulher devia para o suspeito, que é traficante.
Quando o elevado número de mortes de pessoas em situação de rua chamou a atenção da população, a polícia prometeu intensificar as ações para coibir os assassinatos. Entre as medidas adotadas estavam uma força-tarefa para a resolução dos crimes, o mapeamento dos locais onde eles ocorreram e o monitoramento das áreas com maior incidência.
A onda de violência contra moradores de rua também chamou a atenção do governo federal. Em maio, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou documento ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que a Justiça Federal de Goiás apure as mortes. A medida foi tomada após pedido da ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário. A representante do governo federal afirmou, em abril deste ano, que trabalha com a hipótese de que um grupo de extermínio tenha agido nos assassinatos de pessoas em situação de rua em Goiânia, nos últimos meses.
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