quarta-feira, 3 de outubro de 2012

FOTO DO ENTERRO DO MENINO CORTADO AO MEIO NO RJ.

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Menino brincava com os amigos em um terreno baldio quando foi atingido pela máquina.
  O menino que morreu após ser atingido por uma draga na rua Pernambuco, no bairro Viga, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi enterrado por volta das 17h desta terça-feira (3). A mãe da criança passou mal e precisou ser amparada.
Carlos Eduardo Costa Cardoso, de 10 anos, teve o corpo cortado ao meio, na última segunda-feira (1º).
Parentes e amigos da criança acompanharam a cerimônia, que foi realizada no cemitério de Nova Iguaçu.
De acordo com Ricardo Fernandes, de 18 anos, que mora no mesmo bairro do menino, os momentos felizes com Carlos vão ficar na lembrança.
- Não consigo nem imaginar. Ele passou por mim antes disso acontecer. Ele era um menino alegre, feliz, corria atrás de pipa, jogava bola. Foi tudo muito triste.
Vizinhos lembram momentos dramáticos após o acidente
Os vizinhos que ajudaram no resgate do menino que foi cortado ao meio com uma draga relataram, na tarde desta terça-feira (2), os momentos dramáticos que ocorreram após o acidente em uma obra na rua Pernambuco, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Eles lembram como tentaram ajudar Carlos Eduardo Costa Cardoso, de 10 anos, em meio ao desespero da criança e do motorista da máquina, que quase foi linchado.
Para Jonathan Moreira, de 21 anos, que viu todo acidente ocorrer, a primeira imagem da criança foi traumática.

— Foi desesperador. Quando vimos a draga vir e cair corremos para tentar ajudar e vimos as pernas. Procuramos para ver onde estava o restante do corpo e encontramos ele segurando uma raiz. O menino ainda estava vivo, mas apenas com a metade do corpo. Ainda peguei o corpinho dele. Ele apertava minha mão pedindo para não deixá-lo morrer. Nunca mais esqueço isso.
André da Silva, de 25 anos,  que ajudou nos momentos anteriores à chegada da ambulância, relatou que o menino entrou em pânico após não ver as pernas.
— Enquanto os bombeiros não chegaram tentamos ajudar no que foi possível. Ele desmaiava e voltava. O pior momento foi quando ele viu que não estava com as pernas e começou a chorar.
Motorista quase foi linchado
De acordo com um dos vizinhos que socorreu a criança, o desespero do motorista da draga foi tão grande que ele chegou a pensar até em suicídio. Segundo André Luiz Azevedo, de 25 anos, o condutor não conseguia se conformar com a tragédia, e alguns moradores pensaram em agredir o condutor.
— Os moradores queriam linchá-lo, mas após verem que ele estava desesperado e entenderem o que aconteceu foram até ajudar. Um pegou um copo de água com açúcar outro tentava conversar. Mas ele não parava de chorar.
O delegado Marcos Henrique de Oliveira Alves, titular da Delegacia da Posse (58ª DP), deve ouvir o depoimento do motorista na tarde desta terça-feira.

A mãe do menino Carlos Eduardo Costa Cardoso, atropelado por uma máquina de dragagem, que teve o corpo cortado ao meio, passou mal durante o enterro, nesta terça-feira (2)

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