Governo da Síria rejeita proposta árabe para saída negociada de Assad
Chancelaria síria rejeitou proposta feita pela Liga Árabe.
Países da região convocaram oposição síria a criar governo de transição

A Síria rejeitou nesta segunda-feira (23) a proposta da Liga Árabe de uma saída negociada do poder do presidente Bashar al Assad, contestado por uma revolta armada.
"Lamentamos que a Liga Árabe tenha se rebaixado a este nível perante um país membro desta instituição. A decisão pertence ao povo sírio, que é o único dono de seu destino", afirmou em Damasco o porta-voz da chancelaria, Jihad Makdesi.
saiba mais
"Se as nações árabes que se encontraram em Doha fossem honestas sobre sua vontade de parar com o banho de sangue, elas teriam parado de fornecer armas... elas parariam de instigar e fazer propaganda", disse. "Todos os seus comunicados são hipócritas".A Liga Árabe convocou nesta segunda-feira Assad a deixar o poder para acabar com os confrontos que atingem todo o país.
"Há um acordo sobre a necessidade de uma renúncia rápida do presidente Bashar al Assad", afirmou o primeiro-ministro do Qatar, sheik Hamad bin Khalifa Al-Thani, à imprensa no fim de uma reunião ministerial em Doha.
A Liga Árabe também convocou o rebelde Exército Sírio Livre a formar um governo de transição de unidade nacional.
"Convocamos a oposição e o Exército Sírio Livre a formar um governo de unidade nacional", disse Al-Thani ao fornecer os resultados do encontro da Liga Árabe.
Ele pediu que Assad tome a decisão "corajosa" com o objetivo de salvar seu país, onde fortes combates continuam sendo travados entre tropas do governo e rebeldes.
Líbano
O presidente do Líbano, Michel Suleiman, protestou nesta segunda-feira, pela primeira vez, contra as violações sírias em seu território, principalmente na fronteira norte.
O chefe de Estado manifestou seu descontentamento diante das reiteradas violações e pediu ao ministro das Relações Exteriores, Adnan Mansur, que entregue ao embaixador da Síria no Líbano, Ali Abdel Karim Ali, uma carta de protesto dirigida às autoridades sírias a respeito, segundo um comunicado.


Nenhum comentário:
Postar um comentário