
Julgamento do homem que matou 77 pessoas na Noruega chega ao fim.
Veredicto sai em 24 de agosto.
Breivik foi escoltado por policiais antes e depois do julgamento |
Após 10 semanas que mobilizaram a Noruega, terminou nesta sexta-feira o julgamento do assassino em massa Anders Behring Breivik. Os cinco juízes encarregados anunciarão o veredicto no dia 24 de agosto.
Como Breivik confessou ter matado 77 pessoas em ataques a tiros e bombas no dia 22 de julho do ano passado, a questão-chave é se ele será declarado insano. Se sim, ele não poderá ser sentenciado à prisão, mas será internado em um manicômio judicial, possivelmente pelo resto da vida.
O réu que ser declarado legalmente são. Mas suas últimas palavras perante os juízes podem não ajudar. Em sua declaração, Breivik criticou tudo que ele acha que está errado com o mundo, desde outras etnias representando a Noruega no concurso de músicas Eurovision até a liberdade sexual das personagens do seriado Sex and the City.
Apesar de alguns comentários terem causado risos no tribunal em Oslo, capital da Noruega, a atmosfera séria retornou quando ele reiterou os motivos do massacre. %u201CA história mostra que você precisa cometer uma pequena barbaridade para impedir uma grande barbaridade%u201D, disse o norueguês de 33 anos. %u201COs ataques do dia 22 de julho foram preventivos, para defender a população nativa da Noruega.%u201D
Os advogados de defesa tentaram caracterizar Breivik como um militante político motivado por uma ideologia de extrema-direita. O réu afirma que agiu em defesa do país e que por isso as mortes foram justificadas.
Parentes de algumas vítimas foram ao tribunal fazer suas últimas declarações. Kirsti Loevlie, cuja filha de 30 anos, Hanne, foi morta no ataque a bomba, levou a audiência às lágrimas ao descreveu o choque de descobrir que sua filha foi assassinada. Breivik permaneceu impassível.
Os promotores pediram na quinta-feira uma decisão que declare o réu como insano, afirmando que as dúvidas sobre o estado mental de Breivik são suficientes para impossibilitar uma sentença de prisão.
Dois times de psiquiatras chegaram a conclusões opostas sobre a saúde mental do réu. A primeira equipe diagnosticou-o com %u201Cesquizofrenia paranoica%u201D. O segundo time declarou-o legalmente são, apesar de dizer que ele sofre de desordens de personalidade
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