Polícia do Rio apura se mãe simulou sequestro de filho achado em SP
Também há suspeita de ela ter vendido o pequeno Yure, de 3 anos.
Delegado indiciou mãe do menor, que é acusada de abandono de incapaz
A Polícia Civil investiga se a mãe do menino Yure Mello, de 3 anos, que estava desaparecido desde outubro, e foi localizado no último dia 17, em São Paulo, vendeu o próprio filho e simulou o sequestro. A criança chegou ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira (23). Ela esperava levar o filho para casa, mas devido a suspeita, foi impedida por uma decisão judicial.
De acordo com a polícia, pessoas que cuidavam do menino contaram que a criança, identificada como Bruno, foi entregue por um homem, que dizia ser pai dele e que voltaria mais tarde para pegá-lo. O homem está sendo acusado de sequestro.
Ainda de acordo com a polícia, apesar da pouca idade, Yure costumava a sair de casa e andar até um quilômetro, quando era encontrado por vizinhos e devolvido à mãe. A mulher, que tem outros oito filhos, foi indiciada pelos crimes de abandono de incapaz, material e moral. Para a polícia, ela foi negligente no sumiço do filho. Na época do desaparecimento da criança, ela relatou que o filho brincava no portão de casa.
Decisão da Justiça
O delegado titular da 53ª DP (Mesquita), Júlio Silva Filho, informou que Yure está provisoriamente em um abrigo, em Mesquita, na Baixada Fluminense, aguardando a decisão da Justiça, que vai definir o destino dele. O Conselho Tutelar também estuda a possibilidade de tirar da mãe a guarda dos outros menores.
"Seria incorreto acolher somente o Yure e deixar os outros demais a mercê da sorte. Estamos trabalhando o acolhimento institucional de todo o núcleo familiar", explicou o conselheiro tutelar, Nilo Roberto de Almeida.
Ida da criança a Lorena
A polícia ainda investiga como Yure chegou a Lorena. Antes de ser levado para um abrigo, ele morava com uma família, que, segundo o delegado, não sabia que se tratava de uma criança desaparecida no Rio de Janeiro.
Júlio Silva Filho explica que, após a divulgação da imagem da criança na mídia, a polícia chegou ao paradeiro do menino e o levou para um abrigo, ainda em Lorena. De acordo com o delegado, a família diz que uma mulher entregou a criança, argumentando que não tinha condições financeiras para criá-la.
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